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quinta-feira, maio 05, 2011

Obrigado, senhor primeiro-ministro


As medidas que constam no acordo de entendimento entre o Governo e a 'troika' seriam menos restritivas se Portugal tivesse pedido ajuda mais cedo, afirmou Jurgen Kröger, representante da Comissão Europeia (CE), na conferência de imprensa da 'troika’, composta ainda pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) e pelo Banco Central Europeu (BCE). Obrigado senhor primeiro-ministro por termos ficado mais ricos, desculpe, mais pobres.

Troika desmente José Sócrates


Segundo Poul Thomsen, representante do FMI na troika, não há a mínima dúvida que o plano de resgate a Portugal não é «mais leve» do que aquele que foi aplicado à Grécia ou à Irlanda. Bem pelo contrário: "este plano é mais profundo". O mesmo entendimento é partilhado por Rasmus Rüffer, o elemento do BCE.

Os elementos da troika desmentem assim as declarações de José Sócrates que na comunicação dirigida ao país sublinhara ser o plano de ajuda a Portugal, mais leve que o daqueles dois países já resgatados.

Mário Soares dixit

“O Governo de José Sócrates tardou em reconhecer a crise global que se adivinhava em 2008 e isso foi grave para Portugal”. As palavras são de Mário Soares e podem ser lidas no livro "No Centro do Furacão - Reflexões Sobre a Europa e Portugal em Tempo de Mudança", lançado hoje ao final da tarde no Museu do Oriente, de autoria do antigo Presidente da República e fundador do Partido Socialista.

"Olha para o que eu digo e não olhes para que eu faço"


Recorrentemente o primeiro-ministro vem em defesa do Ensino Público, apesar dos seus dois filhos, Eduardo e José Miguel, frequentarem o ensino privado, respectivamente os colégio Moderno e Alemão. 
 
Muitos dirão que não vislumbram qualquer mal em ter-se os filhos na escola privada e simultaneamente defender-se o ensino público. É uma posição sustentável, sem dúvida. Não deixa é de ser difícil, para não dizer impossível, acreditar na sinceridade de José Sócrates quando fala das maravilhas do ensino público, das suas inquestionáveis qualidades, colocando-o num patamar de excelência. Se tudo isso é verdade, porque mantém os filhos em escolas privadas?

Legislativas 2011 - Sessão de Esclarecimento em Joane

sábado, abril 30, 2011

Sessão Solene do 37º Aniversário do 25 de Abril

A culpa não é do 25 de Abril

Trinta e sete anos decorridos sobre o 25 de Abril de 1974, Portugal encontra-se numa das maiores encruzilhadas da sua história moderna.

Por razões externas, mas essencialmente por factores nacionais e razões de natureza estritamente interna que não podem, nem devem ser disfarçadas, Portugal vive uma das suas piores crises. Uma das suas piores crises, económica e financeira, mas também uma indesmentível crise social e politica.

Manda a verdade que se diga que “antes da crise internacional já Portugal vivia em crise, já não convergia com a Europa, já se atrasava em relação aos seus parceiros europeus, já não criava riqueza suficiente para combater a exclusão social e para promover um desenvolvimento consistente e equilibrado da sociedade”.

Manda a verdade que se diga, que chegamos a 2011, com o pior crescimento económico médio desde a Primeira Guerra Mundial;

Com a taxa de desemprego mais elevada dos últimos 80 anos;
Com a maior dívida pública dos últimos 160 anos;
Com a maior dívida externa dos últimos 120 anos;
Com a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos;
Com a segunda maior fuga de cérebros de toda a OCDE;
Com a terceira pior taxa de abandono escolar de toda a OCDE;
Com a pior taxa de poupança dos últimos 50 anos.

Esta é a triste realidade do país. Uma realidade arrasadora que não vale a pena camuflar, não vale a pena disfarçar, negar e muito menos por ela responsabilizar a crise internacional.

São razões internas que destruíram muita da nossa riqueza, que conduziram à perda de milhares de postos de trabalho, que derrotaram a esperança dos empreendedores, que deixaram muitos portugueses sem perspectivas de futuro e com dívidas de todo inesperadas.

Muito por força desta crise, os portugueses estão cada vez mais saudosistas em relação ao passado, descontentes com o presente e pessimistas quanto ao futuro.

Segundo um estudo realizado pela Delloite e inserido no “Projecto Farol”, 46% dos portugueses considera, aliás, que as actuais condições económicas e sociais são piores que as vividas anteriormente ao 25 de Abril.

Segundo o mesmo estudo, a esmagadora maioria dos portugueses perdeu a confiança nas instituições e sente-se defraudada com os partidos políticos e com os políticos.

Infelizmente, não falta por isso, quem reclame um novo 25 de Abril, quem se arrependa de ter feito ou contribuído para o 25 de Abril, quem culpe o 25 de Abril.

Neste dia é assim natural que nos interroguemos como foi possível chegarmos a este ponto? Como foi possível chegarmos a uma degradação tão acentuada da nossa democracia? Quem são os responsáveis por este descalabro?

Mas, neste dia que deve ser de comemoração, de evocação e de reflexão, questionamo-nos sobre qual o caminho que devemos trilhar para enfrentar a actual situação e devolver a esperança aos portugueses é muito mais importante que saber quem devemos responsabilizar pelo estado a que chegamos.

Estamos absolutamente certos porém que a culpa não é do 25 de Abril, a culpa é ter prometido o 25 de Abril, mas …não ter cumprido o 25 de Abril.

Ainda vamos a tempo de honrar esse compromisso. Essa é, aliás, a nossa obrigação.

Pela nossa parte, acreditamos que Portugal pode superar definitivamente todas as suas fraquezas que o agarram à cauda dos rankings internacionais.

É importante realçar que os portugueses são um povo capaz dos maiores sacrifícios pela sua pátria.

Já o provaram em muitos momentos da sua história, mas em todos eles puderam vislumbrar o retorno desses sacrifícios, por isso confiaram e por essa mesma razão foram bem sucedidos.

Hoje tudo é diferente, os portugueses têm passado os últimos anos a fazer sacrifícios, mas não vislumbram o retorno económico e social dos sacrifícios realizados, por isso, há muito que deixaram de confiar.

Impõe-se assim ser absolutamente necessário devolver a confiança aos cidadãos no Estado, nas suas instituições e nos seus representantes, o que só é alcançável desde logo, se o país for Governado com Responsabilidade.

Governar com Responsabilidade é governar com transparência, é falar verdade aos portugueses e não lhes ocultar a realidade quase sempre com propósitos eleitorais.

Governar com Responsabilidade é não aceitar o faz-de-conta que por vezes impera em alguns sectores da área pública, mas também no sector privado.

Governar com Responsabilidade é não enjeitar, é não endossar as responsabilidades dos nossos erros para os outros.

Governar com Responsabilidade é não procurar o caminho mais fácil ou mais agradável para convencer os nossos concidadãos.

Governar com Responsabilidade implica respeitar as pessoas e a lealdade institucional.

Governar com Responsabilidade implica observar o dever de procurar os consensos necessários para reagir às grandes transformações que se vivem nas sociedades actuais.

Governar com Responsabilidade implica recusar modelos que colocam o país a viver acima das suas possibilidades.

Governar com Responsabilidade é não impor sistematicamente sacrifícios aos portugueses sem que primeiramente estes sejam sujeitos ao próprio Estado.

Governar com Responsabilidade implica diminuir o peso e a dimensão do Estado burocrático, ineficiente e asfixiante que possuímos.

Governar com Responsabilidade implica enfrentar com coragem a excessiva, errada e desresponsabilizante presença do Estado na sociedade portuguesa.

Governar com Responsabilidade implica concretizar soluções que assegurem aos cidadãos um nível de vida consentâneo com as suas necessidades mas, também, com as possibilidades do País.

Governar com Responsabilidade é apostar na melhoria da produtividade, no equilíbrio sustentado das contas públicas, no controlo do endividamento externo e da dívida pública como estratégia central do nosso desenvolvimento económico.

Governar com Responsabilidade é governar em função das gerações e nunca em função das eleições.

Se o fizermos, naturalmente com sacrifícios, seremos capazes de retomar o caminho que nos conduzirá à recuperação e ao sucesso, ao renascer do orgulho nacional e da confiança e esperança dos portugueses num futuro melhor.

Temos esse dever para com Abril

Viva o 25 de Abril,

Viva Portugal.

Intervenção proferida na sessão solene do 25 de Abril da Assembleia Municipal de Vila Nova de Famalicão em nome do Partido Social Democrata

quarta-feira, abril 20, 2011

Não está nada mal

O governo concedeu aos funcionários públicos, nesta quinta-feira, mais uma tolerância de ponto.

Não está nada mal, invocar a santidade da Páscoa para o efeito, porque este até é um governo que mandou retirar os crucifixos de todos os edifícios públicos.

Não está nada mal para um governo que não há muito tempo até queria eliminar feriados religiosos.

Não está nada mal, considerando que a tolerância ocorre na véspera de um feriado e a quatro dias de um outro feriado.

Não está nada mal, quando até ao final do ano, só teremos direito a gozar 8 feriados em dias de semana e apenas mais três pontes.

Não está nada mal para um país que só tem mais três feriados do que a média dos países europeus.

Não está nada mal para um país de rastos e sem dinheiro para daqui a pouco mais de um mês.

Não está nada mal para a economia de um país que perde 37 milhões de euros a cada paragem a uma segunda ou sexta-feira.

Não está nada mal para um país que tem a EU e o FMI “hospedados” no Terreiro do Paço.

Não está nada mal para um país que adia os pagamentos para, artificialmente, combater o seu défice.

Não está nada mal para um país que detém a terceira taxa mais baixa de produtividade entre os países da OCDE.

Não está nada mal …

sexta-feira, março 11, 2011

Chegou a hora...


O meu PSD não deve viabilizar um PEC IV, depois de ter permitido a aprovação do PEC I, em Março de 2010, o PEC II em Maio de 2010, o PEC III (Orçamento de Estado) em Setembro de 2010, cada um deles apresentados por José Sócrates e Teixeira dos Santos como planos de austeridade necessários, mas suficientes, para resolver a questão do défice e da reestruturação da divida portuguesa.
O meu PSD não deve viabilizar um PEC IV e ajudar novamente uma governação socialista que clamorosamente falhou três vezes mas vergonhosamente se recusa a reconhecê-lo.
O meu PSD não deve viabilizar um PEC IV anunciado uma semana depois do primeiro-ministro se vangloriar da muita boa execução orçamental, que afinal se revelou falseada.
O meu PSD não deve viabilizar um PEC IV depois de publicamente ter afirmado que os portugueses vem sendo sucessivamente enganados pela governação socialista.
O meu PSD não deve viabilizar um PEC IV proposto por um governo que bate sucessivos recordes: Portugal apresenta a pior média de crescimento económico dos últimos 90 anos, a maior divida pública dos últimos 160 anos, a maior divida externa dos últimos 120 anos, a maior taxa de desemprego dos últimos 80 anos, a segunda maior vaga de emigração dos últimos 160 anos e a menor taxa de poupança dos últimos 50 anos.
O meu PSD não deve viabilizar um PEC IV depois do meu líder ter dito que há um limite para os sacrifícios e que está preparado para governar.
O meu PSD não deve viabilizar um PEC IV o qual, entre outras medidas, contempla a redução das deduções fiscais e a actualização dos impostos sobre o consumo, medidas liminarmente rejeitadas pelo PSD no último Orçamento do Estado.
O meu PSD não deve viabilizar um PEC IV que consagra medidas imorais de que é exemplo o congelamento, nos próximos 3 anos, da actualização do valor das pensões, entre elas as de 250 euros mensais.
O meu PSD não deve viabilizar um PEC IV que impõe sacrifícios aos mesmos de sempre, que não ataca a fundo os desperdícios do Estado, que esquece a imperiosidade das suas reformas estruturais, que o endivida todos os dias e que agrava a recessão económica onde já estamos mergulhados.
O meu PSD não deve viabilizar o PEC IV depois de ter assegurado aos portugueses que não concederia ao Governo PS uma quarta oportunidade.
Finalmente, o meu PSD não deve viabilizar o PEC IV, pela simples circunstância de que o actual governo não foi legitimido para governar de acordo com as circunstâncias, mas sim em consonância com um programa de governo que há muito guardou na gaveta.
Chegou a hora de dizer basta. Chegou a hora de dizer não à habitual chantagem política do PS. Chegou hora de acabar com os tacticismos eleitorais. Chegou a hora de Portugal se clarificar politicamente.

quinta-feira, março 03, 2011

É melhor aguardarmos

Os números da execução orçamental sempre foram revelados pela Direcção Geral do Orçamento nos dias 20 de cada mês. Talvez por vivermos tempos diferentes o primeiro-ministro decidiu este ano, à margem daquele organismo e antecipadamente, divulgar os resultados aparentemente positivos. Mas só estes.

Nessa linha anunciou orgulhosamente que, em Janeiro, o défice das contas públicas sofrera uma redução de 58,6% face ao primeiro mês de 2010.

Cedo se concluiria, porém, que:
  • O esforço de consolidação das contas públicas assentara não na redução da despesa, mas no “ataque ao bolso dos contribuintes”: aumento das receitas fiscais, responsável por quase 80% dessa redução, menos apoios sociais, corte nas comparticipações de medicamentos e nos salários dos funcionários públicos.
  • A aquisição de bens e serviços correntes disparara 13,6% (o subsector Estado gastou mais 56,5%).
  • A despesa efectiva do Estado crescera 0,9%", quando numa comparação com os objectivos inscritos no orçamento para 2011 deveria ter caído 1,2%, a despesa primária subira 0,4%, quando devia ter caído 3,7% e a despesa corrente também subira 0,2% quando se esperava uma queda de 6,6%.

As más noticias não ficariam por aí. O Banco de Portugal anunciou que o país entrara em recessão económica, as agências de notação financeira mantiveram Portugal em vigilância negativa, a taxa de desemprego (11,2%) manteve-se inalterada quando na zona euro até desceu no primeiro mês do ano, o índice de confiança do ISEG (que mede a evolução da actividade económica portuguesa no curto prazo) voltou a cair e, sessão após sessão, os juros da divida bateriam todos os recordes, sempre no nível de perigo, isto é acima da barreira dos 7%.

Depois desta experiência e sabendo nós que o primeiro-ministro insiste em fingir que vive numa realidade paralela, insiste em esconder a crise e persiste na tentativa de iludir a situação dramática, financeira e de endividamento a que o seu Governo conduziu o país, é melhor, diria é imperativo, que aguardarmos a confirmação da nova e aparente boa noticia: a descida da despesa efectiva do Estado em 3,6%, que José Sócrates,  triunfante, anunciou ao país exactamente na véspera do seu encontro com a chanceler Angela Merkel.

segunda-feira, fevereiro 28, 2011

Não acha que a austeridade funciona muito bem no nosso país!?

Em pouco mais de 1 ano, o Governo Socialista já criou 42 grupos de trabalho, 20 comissões, dois conselhos, dois grupos consultivos, uma coordenação nacional, um observatório e uma estrutura de missão, envolvendo 590 pessoas.
Há grupos de trabalho que se sobrepõem a comissões, e comissões que se justapõem a outras e à actividade que deveria ser realizada por entidades já existentes na Administração Pública.
Quanto custam ao erário público todas estas estruturas em termos remuneratórios e logísticos? Não se sabe. A esmagadora maioria dos despachos que criaram estes organismos são omissos quanto à matéria.
Não acha que a austeridade funciona muito bem no nosso país!?

sábado, fevereiro 26, 2011

Sem comentários...

Armando Vara, ex-ministro socialista, deixou indignado os utentes de um centro de saúde em Lisboa quando, passou à frente de todos os doentes e deu ordens a uma médica para lhe passar um atestado, por estar com pressa para apanhar um avião.
Agora foi a vez da segurança pessoal de Alberto Martins, ministro da Justiça, retirar uma ambulância urgente parada na via pública em missão de socorro a uma idosa com suspeitas de enfarte, tudo para sem motivo de força maior, deixar passar o carro do governante socialista.
Sem comentários…

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Uma outra obliteração seria mais proveitosa


Depois de nas últimas eleições presidenciais, milhares de portugueses terem sido dissuadidos e impedidos de exercerem o seu direito de voto, o governo submeteu à Assembleia da República uma Proposta de Lei que preconiza a extinção do número de eleitor.
Em vez desta supressão, seria certamente mais proveitoso para o país a “cessação” da passagem do próprio Rui Pereira pelo Ministério da Administração Interna.
Rui Pereira, sinónimo de embaraço para a diplomacia portuguesa, quando se tornou conhecido na Europa ao ser apanhado a fazer comentários indiscretos sobre o presidente francês e a sua esposa, Carla Bruni, pelos microfones da TVI, que julgava estarem desligados, é um coleccionador de trapalhadas.
Embrulhou-se na aquisição dos blindados para a Cimeira da NATO em Lisboa, embrulhou-se na permissão para a transferência automática de dados pessoais e intransmissíveis de cidadãos portugueses para os Estados Unidos, embrulhou-se com o cartão de eleitor, embrulhou-se com o novo sistema de vigilância da orla costeira portuguesa e continua a embrulhar-se, como se viu este fim-de-semana, ao anunciar pela enésima vez o reforço de mil efectivos quer para a PSP quer para a GNR, que anterior e solenemente vaticinara para 2009, depois para 2010 e agora para 2012.
A saída de Rui Pereira do Governo, ele que até está entre os ministros com mais acentuada quebra de produtividade legislativa entre o último trimestre de 2009 e o de 2010, seria uma bênção para a imagem do governo, do país e da política em geral.

segunda-feira, fevereiro 21, 2011

Laurentino, o Coerente

O custo do ingresso para assistir a um espectáculo desportivo, prova ou manifestação desportiva é tributado à taxa reduzida de IVA (6%), mas o mesmo ingresso para praticar desporto ou uma qualquer actividade física é tributado à taxa normal de IVA (23%).
Pergunta-se: é aceitável penalizar fiscalmente quem pretenda fazer exercício físico ou praticar desporto? Não, não é, salvo na cabeça do incoerente Secretário de Estado do Desporto e da Juventude (Juventude deve estar a mais), Laurentino Dias, que mais uma vez, pratica exactamente o contrário daquilo que publicamente defendeu na Assembleia da República.

quarta-feira, fevereiro 16, 2011

Outros Tempos ... Ramal Ferroviário Nine-Braga



Com origem em Nine e término em Braga, o denominado Ramal Ferroviário de Braga foi inaugurado em 20 de Maio de 1875, pelo Rei D. Luís. Antes dessa data, foi em 18 de Abril de 1975 (Domingo), que a primeira locomotiva efectuou a totalidade do trajecto.

Curiosamente a Estação de Nine só seria inaugurada em 1 de Janeiro de 1877.

O ramal com cerca de 15 km e que se desenvolve paralelamente à margem direita do Rio Este, permitiu a ligação entre as cidades de Braga, Famalicão e Porto, em conjunto com a Linha do Minho.

Fotos: Estação de Nine, a primeira datada de Setembro de 1901 e a segunda de 191?, ambas retiradas da obra “Humberto Fonseca, Arquivo Municipal de Fotografia”, Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, 1998.




Olha para o que eu digo, não ligues ao que eu faço

Em nome da austeridade, o ministro das Finanças proibiu promoções na Função Pública. Mas Helena André, ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, não esteve com meias medidas e decidiu promover diversos dirigentes do seu ministério. Ao todo são 24 homens e mulheres do Partido Socialista que ocupam lugares de topo na Segurança Social.
Mais um bom exemplo da prática moralista da governação socialista: Olha para o que eu digo, não ligues ao que eu faço.

segunda-feira, fevereiro 14, 2011

Se não é nosso, não serve

“Nós não validamos propostas que tenham a ver com pessoas que têm determinado perfil político, que é opositor dos nossos parceiros naquilo que é a política tradicional de cada um de nós”, afirmou António Magalhães, Presidente da Câmara Municipal de Guimarães (PS) para justificar o seu desagrado pela contratação do líder da oposição na autarquia de Braga, Ricardo Rio (PSD), para um cargo na Capital Europeia da Cultura (CEC) Guimarães 2012.
Para o edil vimaranense não está em causa a necessidade da contratação de Rio, o montante da remuneração que irá auferir ou a sua competência para o exercício do cargo. O que está em causa é apenas e tão só o facto daquele ser o rosto da oposição do camarada bracarense, Mesquita Machado.

Obscenidade: Uma boa noticia para os cartéis da droga

O antigo sistema de radares destinado à vigilância da zona costeira, foi desligado em Novembro do ano passado, mas o novo sistema de vigilância só deverá ficar concluído em Agosto. Até lá o litoral será, imagine-se, vigiado … por binóculos e patrulhamentos da GNR, conduzindo a que zonas da costa portuguesa padeçam de falhas graves de vigilância. Sem dúvida uma boa noticia para os cartéis da droga...

Gostava que fosse um bom exemplo

Nos primeiros quatro meses desta sessão legislativa os deputados já deram 369 faltas, o que corresponde a uma média de 9,2 ausências por reunião plenária. Segundo o i, o PSD é o partido em que os deputados mais faltam, com 156 ausências, seguido pelo PS, com 139, o CDS, com 38, o PCP, com 29, e os bloquistas, com sete. O Partido Ecologista Os Verdes não deu nenhuma falta.

O meu Partido (PSD) devia ser um bom exemplo nesta matéria, tanto mais que defende, o que discordo, a redução do número de deputados.

quinta-feira, fevereiro 10, 2011

Que raio de país é este ?


Passaram nove anos, ninguém se interessou, ninguém investigou.
Augusta Duarte Martinho, jazeu nove anos no chão da cozinha do apartamento em que vivia, na Rinchoa, em Rio de Mouro. Os seus animais de estimação, um cão e dois pássaros estavam também mortos na varanda.
Passaram nove anos, ninguém se interessou, ninguém investigou.
Duas suas vizinhas, também elas já idosas, em 2002, ano em que deixaram de ver a falecida, participaram o desaparecimento à GNR, à PSP, à  Policia Judiciária e ao Ministério Público. Durante nove anos insistiram para a necessidade de arrombar a porta do apartamento. Durante nove anos imploraram que fosse investigado o seu paradeiro.
Passaram nove anos, ninguém se interessou, ninguém investigou.
Uma velha senhora morreu sozinha e esquecida fica durante nove anos. Do Estado, ninguém se interessou, ninguém investigou.
Que raio de país é este que consegue conviver com tanta incúria, desleixo e incompetência?

segunda-feira, fevereiro 07, 2011

Obscenidade: Empresas do Estado falham cortes exigidos pelas Finanças

Quando ainda continuam em análise os planos de poupanças de 28 empresas públicas, apesar do Ministério das Finanças ter dado como data limite para a aprovação e divulgação dos mesmos 31 de Janeiro, mais de metade das empresas do Sector Empresarial do Estado não chegam a cumprir o corte de 15% dos custos operacionais exigido pelo Programa de Estabilidade e Crescimento e pelo Orçamento do Estado para 2011.

Obscenidade: Sobreposição de Impostos rende mais 9 milhões

O Estado vai lucrar cerca de nove milhões de euros com a cobrança do IVA sobre a taxa do audiovisual da RTP, que está incluída na factura da luz.

A medida criada pelo Governo de José Sócrates traduz uma vergonhosa aplicação de um imposto sobre um outro imposto a cuja cobrança o consumidor não escapa, imagine-se, mesmo que não tenha televisão em casa !?.

Desconfiança

A confiança dos portugueses no seu Governo é a menor num conjunto de 24 países de todo o Mundo. Se há um ano 27% dos portugueses confiavam no seu Governo, agora apenas 9% responde positivamente.

Esta é uma das conclusões contidas no Barómetro de Confiança Edelman 2011, um estudo internacional apresentado esta manhã, em Lisboa.

A crise económica pode servir para justificar muita coisa, mas dificilmente explica a diferença para a Irlanda (20%), país que até está a ser alvo de uma intervenção do FMI e do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira ou para a Espanha que apresenta um grau de confiança de 43% nos seus governantes, não obstante este estar a implementar duras medidas de austeridade.

Na frente estão os Executivos da China e dos Emirados Árabes Unidos, ambos com um grau de confiança de 88% por parte dos seus cidadãos.

segunda-feira, janeiro 24, 2011

Comme d’habitude

É difícil encontrar um político, um comentador ou um analista que, ostentando um ar grave e preocupado, não fale dos elevados índices de abstenção eleitoral, dos perigos que esta representa para a democracia, da absoluta necessidade para reflectir sobre as suas causas, etc….

Foi assim na noite de ontem, tem sido assim ao longo do dia de hoje.

Amanhã, amanhã tudo será diferente. O país regressa à sua anormal normalidade e com ela o tema da abstenção cairá novamente no esquecimento, “comme d’habitude” até à próxima noite eleitoral.

quinta-feira, janeiro 20, 2011

Outros Tempos ... Restauro e consolidação da Ponte da Lagoncinha

 
Capela de S. Lourenço, construída no século XVIII e situada no lado norte da ponte 
A época de construção da ponte da lagoncinha foi sempre bastante debatida e tem levantado dúvidas ao longo dos tempos. ”A hipótese mais verosímil parece corresponder a uma reconstrução medieval de uma nova ponte no lugar de uma outra ponte construída pelos romanos” (DGEMN, 1957), isto é no século XII, “pois por aqui devia passar uma das mais importantes vias militares do Império Romano, do Porto para Santarém (Scalabis, Praesidium Julium), e que fazia parte do Itinerário de Antónino Pio juntamente com outras quatro ou cinco vias militares romanas que partiam de Braga" (Cristina Maria Rodrigues Costa, Análise do Comportamento da Ponte da Lagoncinha sob a Acção do Tráfego Rodoviário).

Ao longo de séculos de funcionamento, são várias as referências a reparações levadas a efeito. Uma das mais importantes, respeita a trabalhos de restauro e consolidação operados entre 1952 e 1953, sobre a responsabilidade da DGEMN, documentadas nas fotos.

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Outros Tempos ... Inauguração da Glorieta a Julio Brandão


1950 – Inauguração da Glorieta integrada na homenagem a Júlio Brandão, promovida pela Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão em parceria com a Associação de Jornalistas e Homens das Letras do Porto.

Júlio de Sousa Brandão nasceu em Vila Nova de Famalicão a 9 de Agosto de 1869, mudando-se para o Porto em 1874, onde viria a falecer em 1947.

Foi Professor na Escola Infante D. Henrique, director do Museu Municipal do Porto e sócio da Academia Nacional de Belas Artes. Enquanto escritor deixou uma vasta obra como poeta, ficcionista e publicista, marcada pela simplicidade e imaginação.

Colaborou em diversas revistas portuenses, com destaque para A Águia. Entre 1929 e 1933, dirigiu a revista Soneto Neo-Latino, de Vila Nova de Famalicão. Fez parte do grupo dos nefelibatas e participou na corrente simbolista.

Editou entre outros, os seguintes títulos: Os Nefelibatas, 1891 (em co-autoria com Raul Brandão e Justino de Montalvão); O Livro de Aglaís - 1892; Saudades - 1893; O Jardim da Morte e Mistério da Rosa - 1898; Nuvem de Oiro - 1912; Cantares - 1920; Farmácia Pires - conto; O Moço Frade dos Mitos; O Sonho do Capucho; Mendigos; Por Causa de um Cravo Branco.

segunda-feira, janeiro 17, 2011

Estatuto PME Excelência para 18 empresas famalicenses



Dezoito empresas de Vila Nova de Famalicão, foram distinguidas com o Estatuto PME Excelência 2010.

Cobrindo diversos sectores de actividade, as empresas famalicenses evidenciaram-se pela qualidade dos seus resultados e elevados padrões competitivos, com rácios de solidez financeira e de rendibilidade acima da média nacional.

Exemplos de sucesso inspiradores para as restantes empresas do tecido económico do município, as PME ora distinguidas contribuem indiscutível e activamente para as dinâmicas de desenvolvimento e de emprego do concelho e da região.

O Estatuto PME Excelência criado pelo IAPMEI - Instituto de Apoio às Pequenas e Médias Empresas e à Inovação, tem por objectivo sinalizar, através de um instrumento de reputação, o mérito de pequenas e médias empresas com perfis de desempenho superiores, contando com a parceria do Turismo de Portugal, I.P. e dos principais bancos a operar no mercado, designadamente o Banco Espírito Santo, e BES dos Açores, o Banco BPI, o Barclays, a Caixa Geral de Depósitos, o Millennium BCP e o Santander Totta.

São as seguintes as empresas famalicenses distinguidas: Alfredo Gomes Silva - Instalações Eléctricas Lda (Landim); A.F. Azevedos - Ferramentas, Lda.(Ribeirão); Comeip - Moldes e Cortantes Lda (Ribeirão) ; Cominfer - Sociedade Comercial de Ferragens, Lda (Cabeçudos); Costas & Oliveira, Lda (Calendário); Domingos Fernandes Ferreira & Filhos, Lda (Vilarinho das Cambas); Decotirso – Decorações, Lda (Avidos); Ferraz & Ferreira, Lda - Produtos Alimentares (Vilarinho das Cambas) ; Jaime Oculista, Unipessoal, Lda (Vila Nova de Famalicão); J. Rio - Construção Civil, Lda (Telhado); Luzacril, Lda (Avidos).; Metalização Moreiras & Oliveira Lda (Jesufrei); M.S.N.F. Soluções Informáticas, Lda (Vila Nova de Famalicão); Nortemarca Marcações de Estradas e Parques, Lda (Vermoim); Norberto António & Cerqueira, Lda (Ribeirão); Padaria Montinho, Lda (Vale S. Martinho) ; Saftur - Viagens e Turismo, Lda (Vila Nova de Famalicão); Sófritar - Peixoto & Vale - Produtos Alimentares, Lda (Gavião); Tiajo - Comércio de Têxteis, Lda (Esmeriz) e Vieira de Castro - Produtos Alimentares, SA (Gavião).






quarta-feira, janeiro 12, 2011

Famalicão lidera Ave em matéria de remuneração salarial


Segundo os dados do Anuário Estatístico da Região Norte relativo ao ano de 2009, o ganho mensal médio dos trabalhadores por conta de outrem no concelho de Vila Nova de Famalicão é de 842,90 euros/mês, menos 165,10 euros que o vencimento médio em Portugal.

Vila Nova de Famalicão lidera entre os municípios que integram o Vale do Ave, ocupando a 2ª posição no distrito de Braga, liderado pela cidade dos Arcebispos (900,40 €) e a 16ª posição no "ranking" dos 86 municípios da Região Norte, liderada pelo Porto, onde os trabalhadores com vínculo ao sector empresarial privado ganham em média 1.193,90 €.

1.167,00 € é o valor ordenado médio mensal em Oeiras, o concelho da Grande Lisboa que lidera o “ranking” nacional.

segunda-feira, janeiro 10, 2011

14 Empresas de Famalicão nas 1000 Maiores


O Directório “As 1000 Maiores” (edição 2010), publicação do Expresso, tendo por base uma parceria com a Informa D&B, coloca 14 empresas de Vila Nova de Famalicão no ranking das 1000 maiores empresas portuguesas (não-financeiras), representando 34,14 % das empresas do Distrito de Braga (41) que figuram nesta listagem.

A Continental Mabor – Indústria de Pneus, lidera as empresas do concelho e do distrito ocupando a 41ª posição. Seguem-se as Construções Gabriel A.S. Couto (293), Alberto Couto Alves (474), Coindu (478), Irmãos Vila Nova (482), Continental Pneus (633), SLS Salsa (643), I.C.M. (648), Construções Amândio Carvalho (667), Riopele (676), Cabelauto (708), Carnes Campicarn (790), Ricon Industrial (814) e Famaliper (1000).

Responsáveis por 6298 empregos directos, o conjunto destas empresas apresentaram em 2009, um volume de negócios total de 1.132 milhões de euros.

sexta-feira, novembro 12, 2010

PSD alarga vantagem sobre PS

Se as eleições legislativas fossem hoje, o PSD teria uma vitória clara. Segundo os resultados do mais recente estudo da Eurosondagem feito para a SIC, Expresso e Rádio Renascença, no último mês o PSD regista agora 36,9% das preferências dos eleitores, com uma subida de 1,6 pontos percentuais, e uma vantagem de quase 7 pontos em relação aos socialistas.

No primeiro barómetro após o Orçamento do Estado para 2011, o PS sai penalizado pelas anunciadas medidas de austeridade e regista uma queda de 5 pontos, tendo agora 30 por cento das intenções de voto.

A queda é apenas do PS, tendo os restantes partidos registado todos uma subida. O CDS-PP sobe 1,3 pontos e chega aos 9,3%, voltando a ser o terceiro partido.

O Bloco de Esquerda cresce 1,4 em relação ao mês passado e somam 9,2% das intenções de voto, ultrapassando a CDU, que subiu 0,4 pontos e consegue 8,8% das intenções de voto.

No campeonato da popularidade, os líderes dos dois maiores partidos continuam a descer. José Sócrates cai 1,9 e tem agora um saldo positivo de 6,1%, também Pedro Passos Coelho desce 1 ponto e passa para 9,3% de opiniões positivas.

Paulo Portas é o mais bem cotado dos restantes líderes partidários, com 5,8% de opiniões positivas. Apesar de recuperarem Francisco Louçã (menos 2,2%) e Jerónimo de Sousa (menos 2,8%) continuam com saldo negativo.

Com 28,5% de opiniões positivas, o Presidente da República Cavaco Silva recupera da quebra do mês anterior e continua a ser o mais popular com larga vantagem.

Obscenidades X: Ainda há alunos sem manuais escolares


Dois meses depois do arranque do ano lectivo, ainda há alunos sem livros escolares. O corte nas prestações sociais levou a uma subida de escalões e fez com que muitas famílias que tinham acesso aos livros a preços mais acessíveis deixassem de o ter, denuncia a AMI – Assistência Médica Internacional.

Obscenidades IX: Secretário de Estado nomeou ex-sócios para administração dos CTT

Paulo Campos, actual secretário de Estado adjunto das Obras Públicas teve entre 1994 e 2002 uma empresa de produção de espectáculos, denominada “Puro Prazer”, cuja dissolução ocorreria a 4 de Dezembro de 2008.

A entrada no governo permitiu a Paulo Campos dar emprego aos seus antigos sócios, nomeando-os para os CTT, que está sob a sua tutela.

Em Junho de 2005, Marcos Afonso Batista foi nomeado administrador dos Correios de Portugal e de mais cinco empresas do grupo. Já em Abril de 2009, Luís Pinheiro Piteira - que tem apenas a frequência do terceiro ano da licenciatura em Contabilidade - assumiu funções como administrador da Empresa de Arquivo de Documentação (empresa participada dos CTT) e este ano passou a acumular funções na Payshop, onde também é administrador.

Depois da polémica em torno do convite à militante do Bloco de Esquerda Joana Amaral Dias, por alturas da Campanha Eleitoral das Legislativa, para assumir o lugar de candidata a deputada pelo PS ou uma função n o aparelho do Estado, Paulo Campos volta à ribalta mediática nacional, novamente pelos piores motivos.

quinta-feira, novembro 11, 2010

Subida do desemprego atira no distrito de Braga 24 mil famílias para a pobreza


Face ao ano passado, mais 24 mil famílias do distrito de Braga passaram a estar em situação de pobreza, um aumento superior a 20%. Na sua grande maioria são agregados com um ou mais filhos, que têm de recorrer às instituições para terem uma refeição quente.

Esta subida abrupta, denunciada pela Coordenadora dos Trabalhadores de Braga, está directamente relacionada com o desemprego que os números oficiais apontam para 66 mil pessoas.