“A Universidade e a Revolução Liberal” é o tema da segunda conferência do ciclo de debates dedicado às “Lutas Académicas e Estudantis: Do Liberalismo ao Estado Novo”, que irá decorrer no próximo dia 7 de Abril, sexta-feira, pelas 21h30, no Museu Bernardino Machado, em Famalicão.
O debate, que terá como oradora convidada Zília Osório de Castro, do Centro de História da Cultura da Universidade Nova de Lisboa, irá abordar a revolta da geração académica liberal de 1820, liderada por homens como o escritor romântico Almeida Garrett, contra a alegada situação decadente da Universidade e do ensino em geral.
Este é o primeiro período da história das lutas académicas em Portugal a ser abordado neste ciclo de conferências. Depois de um primeiro debate em que o historiador Reis Torgal fez uma contextualização histórica e uma síntese de todos os movimentos académicos, existentes entre o Liberalismo e o Estado Novo, em Portugal, cabe a Zília Osório de Castro lançar a discussão sobre a primeira grande manifestação estudantil.
Zília Osório de Castro, licenciada em História pela Universidade de Coimbra, doutorada em Filosofia e Cultura Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa (UNL) é actualmente professora catedrática jubilada de História das Ideias da mesma Universidade. A sua área privilegiada de investigação é a História das Ideias Políticas.
No Centro de História da Cultura da UNL, Zília de Castro coordena um Grupo de Investigação em Ciência Política, Relações Internacionais e dirige o Seminário Livre de História das Ideias, sendo responsável do projecto em curso: “Revistas: Ideias e Cultura”, apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e pela Biblioteca Nacional de Lisboa. Do seu currículo consta ainda a elaboração do Dicionário no Feminino e a divulgação de trabalhos que envolvem a história das mulheres nas suas variadas vertentes através da revista “Faces de Eva”.
O ciclo de conferências dedicado às lutas académicas irá decorrer até 2008, passando em revista, e de forma cronológica, alguns dos mais importantes episódios dos movimentos estudantis, que eclodiram em várias cidades portuguesas, nos séculos XIX e XX, contando para isso com a presença dos mais prestigiados conferencistas nacionais.
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