Inicialmente implantada na actual da Praça Maria II, mais concretamente no topo nascente da vulgarmente denominada Praceta Cupertino de Miranda, a Capela de Santo António começou a ser demolida em 1921, transferindo-se para a Rua Alves Roçadas, onde a sua reedificação ficou concluída em 1924.
Não obstante ter usado os materiais da primitiva Capela, a sua traça foi profundamente adulterada.
O processo da sua transferência está intimamente ligado, por um lado, ao plano de transformação do então Campo da Feira, com a demolição em 1910 do Cruzeiro de Santo António que, segundo a deliberação camarária “nem representa monumento histórico pela sua antiguidade, nem obra de arte, que mereça as attenções do município, ou deva ser considerado como padrão de algum feito memorável em tradição que lizongeie o nosso patriotismo, antes não passa d’uma obra singelamente trabalhada, sem artificio algum, e sem significação tradicional de nenhuma espécie” e, por outro, às movimentações dos moradores que residiam junto à mesma, reclamando que esta bloqueava a exposição da luz solar às suas casas, necessitando estas de mais algum espaço envolvente.
A Câmara Municipal , auxiliada pela Mesa da Ordem Terceira, constituída por António Dias Costa, Joaquim José da Rocha e Álvaro Carneiro Bezerra e com o apoio dos benfeitores, trataram então de comprar o terreno na Rua Alves Roçadas ao Dr. Álvaro Ribeiro da Costa Sampaio, onde a mesma actualmente se encontra.
Primitivamente o orago da Capela foi S. Ivo, mas em 1649 já ai se venerava Santo António. Nela se instituiu por devoção do abade da Vila, Manuel Rebelo de Sousa, a Ordem Terceira de S. Francisco, sendo a sua obediência aos Franciscanos de Vila do Conde, dela se desligando em 1707, passando a prestar obediência ao Convento da Franqueira.
Sem comentários:
Enviar um comentário