O PSD elegeu na passada sexta-feira, 23 de Abril, as suas novas estruturas no distrito de Braga.
Naturalmente que o destaque recai na eleição dos novos membros da Comissão Politica e muito em especial do seu novo presidente, o famalicense e companheiro Paulo Cunha. Apenas uma lista (Comissão Politica, Mesa da Assembleia e Conselho de Jurisdição) se submeteu a sufrágio, o que traduz bem o espírito de consenso e de unidade interna que esteve na sua génese.
Decorridos que estão 14 anos, regresso ao Conselho de Jurisdição Distrital, onde nos anos de 1996 e 1997 desempenhei funções sobre a presidência do também famalicense Correia Araújo. O vimaranense Vítor Borges é o novo presidente eleito.
Acredito que o novo órgão de direcção política permanente das actividades nível distrital, leia-se Comissão Politica, reúne as condições e as qualidades necessárias para retirar o PSD do fundo do poço onde se encontra. Os mandatos de Virgílio Costa, sobretudo o último, descredibilizaram o PSD aos olhos do eleitorado que o penalizou nos dois últimos actos eleitorais com a perda de deputados à Assembleia da Republica e presidências de câmaras municipais. Foram anos marcados por uma progressiva perda de acção e influência politica e de descoordenação dos meios e dos agentes políticos. Foram anos de condutas erráticas, incoerentes e contraditórias. Foram anos de fintas, de fugas e de esquecimentos. Foram anos de confrontos, de sobreposição de interesses, de quebras de confiança e muito em particular de violações éticas e morais. Mas tudo isso acabou, assim espero e acredito.