quarta-feira, dezembro 30, 2009
Outros tempos… Antigo Quartel dos Bombeiros Voluntários de Famalicão
terça-feira, dezembro 29, 2009
Barómetro: Mil portugueses entram em falência num ano
Barómetro: Operação Natal registou mais acidentes, mas menos mortos e feridos
Barómetro: Malparado na Habitação atinge €1,9 mil milhões
segunda-feira, dezembro 28, 2009
Indícios do fim de um ciclo
quarta-feira, dezembro 23, 2009
Barómetro: Desemprego homólogo aumentou 28,2 por cento em Novembro
Barómetro: Quase metade dos municípios do Norte sem o número mínimo de médicos
Barómetro: Mais mortes em Portugal relacionadas com droga
terça-feira, dezembro 22, 2009
Barómetro: Défice do Estado supera os 13 mil milhões
segunda-feira, dezembro 21, 2009
Duas certezas
O Conselho Superior do Ministério Público (CSMP) concluiu que Lopes da Mota, pressionou os procuradores titulares do inquérito Freeport, no sentido de arquivar a investigação que incide sobre alegadas suspeitas de corrupção e tráfico de influências no licenciamento daquele conhecido espaço comercial, em 2002, quando o actual primeiro-ministro, José Sócrates, era ministro do Ambiente.
quinta-feira, dezembro 17, 2009
Outros tempos … Ponte Pênsil em Ribeirão
segunda-feira, dezembro 14, 2009
Desenganem-se
quinta-feira, dezembro 10, 2009
Incontinências Democráticas
terça-feira, dezembro 08, 2009
Símbolo de uma Governação
Do propagandeado Plano Tecnológico, anunciado como a chave para ultrapassar as dificuldades da economia portuguesa, verdadeiramente apenas se destacou o “Magalhães”.
Se do ponto de vista pedagógico, continua discutível a mais valia da sua introdução no sistema de ensino, assim já não acontece quando encarado como um complemento para as aquisições básicas de aprendizagem. Dúvidas também não subsistem quanto ao contributo que pode prestar no aumento do factor motivacional dos alunos e no esbater das diferenças no uso de um bem essencial, ao papel facilitador no acesso às tecnologias de informação e comunicação, à mobilização dos pais para o processo educativo e ao inestimável contributo para a diminuição da info-exclusão junto de muitas famílias portuguesas.
De inegável utilidade real, as infindáveis trapalhadas associadas ao “Magalhães”, transformaram uma boa medida de José Sócrates, no símbolo de uma governação feita de falsidades e enganos, de ausência de ética, de falta de planeamento e de duvidosa legalidade.
Primeiro foi o anúncio da instalação de uma fábrica da Intel em Portugal e correspondente criação de 1000 postos de trabalho qualificados. Pura invenção.
Seguiu-se a apresentação do “Magalhães” como o “primeiro portátil português” e uma “novidade mundial” nos computadores de baixo custo.
Cedo se descobriu que, além do logótipo, nada tinha de português, tão pouco incorporava qualquer inovação tecnológica. O Magalhães não passava da segunda geração do Classmate PC da Intel, há venda desde 2006 em mais de trinta países, que passaria a ser montado em Portugal pela empresa JP Sá Couto, sob a licença da Intel.
Seguiram-se gestos deploráveis nas infindáveis acções propagandísticas. Primeiro com a exploração de trabalho infantil, contratando crianças através de uma agência de marketing, para compor uma das muitas teatrais cerimónias, depois a simulação da entrega de computadores, imediatamente retirados das mãos das inocentes crianças, assim que o primeiro-ministro e a comunicação social viravam costas.
A denúncia dos atrasos na entrega dos computadores não tardou. O que se garantira estar concluído até ao final de 2008, logo foi adiado para a Páscoa de 2009. O ano lectivo haveria de terminar e um novo começar, sem que o Magalhães haja chegado a todas as crianças.
O avultado investimento revelou-se precipitado e atabalhoado. Não faltam exemplos. Milhares de alunos já haviam recebido os computadores, mas aos professores não fora ministrada qualquer formação específica para o uso do Magalhães em sala de aula, nem para ajuda aos pais na sua utilização. Conclusão, a meio do ano lectivo, não estavam ainda reunidas as condições para a aplicação, sustentada e pedagógica, da nova ferramenta.
Os docentes do 1º Ciclo do Ensino Básico foram transformados em agentes comerciais das operadoras de comunicações móveis e, com o escândalo dos muitos erros de ortografia, gramática e sintaxe encontrados no software, quase que obrigados a vestirem a pele de técnicos informáticos, substituindo-se ao Ministério da Educação na tarefa da sua correcção e actualização. Os efeitos desejados não foram alcançados e uma das consequências perversas do projecto ficou patenteado com a venda dos Magalhães "no mercado negro" por parte dos pais de alguns alunos.
Surgem as primeiras noticias que indicam estar a Comissão Europeia a averiguar a possibilidade de Portugal ter infringido as leis comunitárias da concorrência ao adjudicar por ajuste directo, e não por concurso público, todos os programas governamentais ligados ao Plano Tecnológico da Educação, entre os quais a distribuição dos computadores “Magalhães”.
Os portugueses ficam a saber, pela mesma altura, que a empresa JP Sá Couto é acusada da prática dos crimes de associação criminosa e de fraude fiscal e de pertencer a um doloso esquema no ramo da informática, conhecido como “fraude Carrossel”.
O “Magalhães” entra na campanha eleitoral para as legislativas dela saindo no mesmo dia e pela mão do mesmo interessado. Ao anúncio, por uma fonte do Plano Tecnológico da Educação, de que não dispunha de informações sobre o Programa de Distribuição, logo o Governo se apressou a garantir a continuidade do mesmo, naturalmente, se o PS vencesse as eleições.
A recente proposta para a constituição de uma Comissão de Inquérito Parlamentar, a que o PS reagiu desabridamente, visando a análise dos contornos do programa e-escolinhas, que enquadra a distribuição dos computadores Magalhães, bem como as actividades da Fundação para as Comunicações Móveis, é apenas o último capitulo, dos muitos que ainda faltam desta iniciativa governamental que curiosamente, também ela está ainda longe de ter aproveitado todo o seu potencial, como referia ontem a Associação para a Promoção e Desenvolvimento da Sociedade de Informação.
sábado, dezembro 05, 2009
Regresso às origens
Faz ontem 29 anos que Francisco Sá Carneiro, morreu tragicamente
Com a luta de Sá Carneiro por uma democracia europeia e ocidental e com a década de reformas de Cavaco Silva, o PSD afirmou-se como a maior força da modernidade. A partir daí tem vindo basicamente a perder a confiança dos portugueses, a perder eleitorado, sobretudo o urbano, e a influência que já deteve junto dos jovens. Nos últimos 14 anos, Portugal teve 5 eleições legislativas, o PSD apenas uma vez foi Governo e não chegou ao fim da legislatura.
Olhando a história, vemos que nos últimos 14 anos, o PSD nunca conseguiu alcançar a necessária estabilidade. Sete lideres ao todo, sem que nenhum tenha conseguido levar até ao fim o trabalho e as metas a que se propusera.
A tendência para o autismo político foi-se acentuando, sucedendo-se exemplos de afirmação de lideranças pouco dialogantes e imposição, em eleições legislativas, de personalidades que nada potenciaram o seu crescimento.
As estruturas do PSD foram fechando-se à Sociedade e mesmo à participação activa dos seus militantes. Muitos honradamente serviram o PSD, mas muitos foram os que dele se serviram. O confronto de ideias cedeu imensas vezes lugar à pura disputa do poder e o PSD tem passado demasiado tempo em agitações dentro de portas e gasto muito das suas energias a disputar eleições internas e a carpir mágoas, deixando o PS desgovernar Portugal. O PSD empobreceu politicamente e aproximou-se do self-serving, fechando-se ao chamamento dos mais aptos e dos mais capazes. Ao deixar-se ficar sem politica e ao ficar apenas a disputar o poder pelo poder o PSD, acabou, inevitavelmente, por o perder.
Esta é a realidade do partido fundado por Francisco Sá Carneiro e não uma mera dramatização retórica das suas dificuldades.
Mas PSD não está fatalmente perdido. Tem condições para ultrapassar, num futuro próximo, o fosso eleitoral que cavou com os portugueses. É essa a sua obrigação. O país atravessa uma crise profunda, não só económica mas também, de valores, de confiança, de autoridade, de cultura e até de identidade. Portugal precisa de um PSD forte na oposição e, mais cedo ou mais tarde, irá precisar de um PSD forte no Governo.
O PSD precisa de uma nova liderança, mas esta não é uma exigência recriminatória. Não constitui nenhuma vergonha, tanto mais que travou um combate honesto, mas a verdade é que o PSD perdeu as últimas eleições legislativas. A mudança de políticas e de estratégia só é verdadeiramente alcançável com a mudança de protagonistas.
O PSD tem de voltar a ser, verdadeiramente, um partido de bases, de confiar na intervenção dos seus militantes e de defender uma maior afirmação destes nos vários processos de decisão. A aproximação entre militantes e dirigentes tem de ser real e não meramente argumentativa. Sempre que as bases foram efectivamente escutadas o PSD cresceu e venceu.
O PSD tem de trazer para o seu interior as tensões criativas da sociedade e mobilizar a vontade entre os seus sectores dinâmicos. É por isso que o debate político interno, mas também externo, tem de regressar em força e a todos os níveis, sob pena do partido isolar-se, perder o contacto com a realidade e perder o apoio dos portugueses. Em democracia são saudáveis as divergências de ideias e de sensibilidades. O que não é aceitável é estas legitimarem a subsistência de “exércitos”, de verdadeiras organizações de contra-poder, no interior do próprio partido.
O PSD precisa, por fim, de reorientar a sua matriz doutrinária e ideológica, precisa de regressar às suas origens, ao seu espaço político de que se desviou nos últimos anos, descaracterizando-se aos olhos do eleitorado. Embora inspirado na social-democracia escandinava, o PSD teve as suas origens no centro-direita. É certo que por razões de conjuntura interna após o 25 de Abril se moveu para o centro-esquerda, mas com o assentar do fervor revolucionário, logo regressou ao centro-direita do espectro político. É este o seu espaço sociológico e politico natural, que deve ser assumido sem complexos e que deve ser ocupado.
Como partido interclassista e reformista, o PSD não é conservador, nem liberal. Não tem de virar à esquerda ou à direita, apenas tem de retomar a sua identidade social democrata, afirmar os seus valores e referências, assumindo as politicas coerentes com o seu projecto politico.
quarta-feira, dezembro 02, 2009
Outros tempos ... A Boa Reguladora
É um dos exemplares mais importantes do património industrial do concelho de Vila Nova de Famalicão.
“A Boa Reguladora”, primitiva designação, foi fundada na cidade do Porto, na Rua Faria Guimarães, 25, em 14 de Abril de 1892, sob a firma São Paulo & Carvalho, ficando então constituída por João José de São Paulo e José Gomes da Costa Carvalho, tendo ainda direitos na mesma Lino Gomes da Costa Carvalho.
Em 1894, apareceram no mercado os primeiros relógios saídos das suas oficinas manuais, que obtém uma imediata aceitação no mercado
Em
Em
A partir de
Em Dezembro de 1992 "A Boa Reguladora" foi integrada na Divisão Europa-Sul do grupo Schlumberger e em 2001, pelo grupo Actaris.
Em 2007, José Cunha, José Varela e Filipe Marques, três ex-trabalhadores, adquiriram a patente "Boa Reguladora", regressando a Vila Nova de Famalicão o fabrico de relógios, respectiva assistência e restauro.