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quarta-feira, outubro 19, 2005

7º Forum da Indústria Têxtil

Jorge Paulo Oliveira, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão, participou hoje, em nome da autarquia, no 7º Fórum da Indústria Têxtil, sob o signo da ‘Liberalização do comércio internacional de têxteis e vestuário: prós e contras’, realizado no Citeve (Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal).
Organizado pela ATP - Associação Têxtil e Vestuário de Portugal, o debate contou com a presença do presidente da associação, Paulo Nunes de Almeida, empresários e especialistas como António Borges (da Goldman Sachs), Silva Peneda (Deputado Europeu) e Daniel Bessa (economista), num debate conduzido por Fátima Campos Ferreira. O encerramento da sessão foi presidida pelo Ministro da Economia e Inovação, Manuel Pinho.
A reflexão recaiu sobre o futuro do têxtil e do vestuário, numa altura em que o sector atravessa um dos momentos mais difíceis e decisivos devido à liberalização mundial do comércio têxtil e à imparável ascensão da Índia e da China como produtores à escala global.
Foram abordadas algumas das questões mais importantes no panorama actual da ITV, nomeadamente a invasão de produtos chineses em Portugal, o impacto da liberalização do comércio na ITV portuguesa e na economia nacional, a ameaça eminente da Índia, o papel da OMC na regulação do comércio mundial, a insegurança de milhares de trabalhadores e o futuro de toda uma indústria que emprega cerca de 200.000 trabalhadores em Portugal.
O Têxtil e Vestuário é uma das indústrias transformadoras mais importantes do nosso país, representando cerca de 16 por cento no conjunto das actividades económicas e quase 18 por cento do emprego e das exportações nacionais.
Com a plena liberalização do comércio têxtil, a China facilmente atingirá já em 2006 uma quota de mercado mundial de 50 por cento, o que significa que podem estar em causa, nos próximos 5 anos, mais de 70.000 postos de trabalho no nosso país, segundo um estudo recentemente apresentado pelo CENESTAP – Centro de Estudos Têxteis Aplicados.
Neste contexto, a ATP tem vindo a desempenhar um papel fundamental na protecção dos interesses da Indústria Têxtil e Vestuário portuguesa actuando, não só junto do governo central, mas também de entidades internacionais, na defesa de um comércio que se pretende livre, justo, recíproco, em igualdade de circunstâncias para todos e devidamente regulado pela Organização Mundial do Comércio.
A ATP representa cerca 730 empresas de toda a fileira têxtil e do vestuário, responsáveis por mais de 60 mil postos de trabalho directos e por 3 mil milhões de euros de facturação, sendo dois terços desse valor destinados ao mercado de exportação. É a maior organização representativa do sector e uma das mais importantes em termos europeu, cerca de 20 por cento do emprego na indústria transformadora com cerca de 5.000 milhões de euros exportados, pouco menos de um quinto do total nacional.

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